terça-feira, 30 de junho de 2009
Ama - me...

mesmo você estando tão longe,
meu pequeno coração chora por ti.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Esse velho sentimento
O amor é uma questão de jeito
De trocar verbos
E esquecer pronomes,
De confundir palavras.
O amor precisa de manha
De riscos, de um fogo perene
De pouca sobriedade
De algum peso e nenhuma medida
O amor cai bem aos loucos
Aos desajustados,
Prefere os caminhos estranhos
De onde nem sempre saímos ilesos
Sonhar não basta
Sofrer não é o suficiente
Ser ridículo é só mais um instante
Dessa hora interminável de tempo
O amor não tolera o tédio
É piegas, profundo, desarticulado
Torto, altivo e às vezes até meio idiota
Inesperadamente desponta na noite
Chega como se fosse uma criança com frio
Não dá explicações
Simples e dissimulado escolhe
O canto que melhor lhe parece
E sem desenhar um único traço do destino
Enche o peito de coisas
Que não se consegue entender
Mas quem pode dizer-se humano
Se uma vez pelo menos
Ainda que para sentir-se no inferno
Não tenha procurado o amor?
O que nos salva
É o que nos falta
Coragem
E que tudo possa acontecer assim
Sem equilíbrio,
Sem nenhum palmo de terra
A sustentar os pés
Contando apenas
Com uma quase possível incerteza
Respirando um ar emprestado da insanidade
E acreditando que somos invencíveis
Velho sentimento
Que nos maltrata
Velho sentimento, tão antigo
Quanto os mais inacessíveis caminhos do mundo
Antonio Manoel Conceição
sexta-feira, 19 de junho de 2009

Me traga: de novo fumaça, etérea, no espaço, sonora... de novo tão livre, tão solta.
E faça amor comigo sem pressa.Com todas as vírgulas que ignoramos.
*
*
Marla de Queiroz